[Review] Ghost Recon: Future Soldier
Depois de um tempinho sem nada de Ghost Recon, a Ubisoft volta com Future Soldier, que se passa em um futuro não muito distante.
A equipe Tom Clancy's trabalhou muito para deixar este Ghost Recon de uma forma que caia nas graças do público, pois ele nunca ultrapassou Call of Duty e Battlefield, que são seus blockbusters rivais.
A mudança de foco de Future Soldier em relação aos outros games da série significa que a franquia procura se firmar como uma das preferidas do público gamer, pois, apesar de famoso, Ghost Recon nunca foi lá muito bem visto pela crítica especializada, além de sempre ficar atrás de grandes blockbusters, como Call of Duty e Battlefield.
Então, a Ubisoft resolveu pensar em algo diferente para convencer esses jogadores que torciam o nariz para Ghost Recon. E dessa vez a inovação fica por conta do arsenal bem variado e com um incrível sistema de personalização, quase como nos jogos de carros, que temos como exemplo Gran Turismo 5.
E, para tentar inovar mais ainda, colocaram o Kinect no meio, mas mais uma vez a falta de precisão do aparelho deixa o gameplay uma verdadeira merd*, e faz com que praticamente todos os players prefiram o joystick clássico.
A campanha de Future Soldier é bem elaborada e empolgante, com missões muito bem articuladas, porém, este game foi focado no multiplayer, assim como a maioria dessa geração, tanto que o primeiro item do menu do game já é o multiplayer. Ao que parece, as empresas não acreditam mais que um jogo singleplayer possa ser algo igualmente bom.
Há diversos modos multiplayer, como o Conflito, que consiste em completar objetivos em equipe, e o modo Isca, em que são colocadas duas equipes em diferentes funções e, enquanto uma atua como uma força de ataque, a outra deve agir de forma defensiva. Durante as partidas, os jogadores precisam cumprir missões para descobrir o grande objetivo. Assim, quem conseguir alcançá-lo primeiro, vence.
O game também conta com outros modos de jogo mais populares, como o time contra time e o modo Guerrilha, em que a equipe deve eliminar ondas de inimigos. O que Future Soldier não apresenta é um modo todos contra todos, conhecido também como Deathmatch, provando que o foco do título também é a cooperação, independente do modo.
Mas agora, sendo sincero em relação a tudo, as duas primeiras missões do jogo se focam
basicamente em eliminar alvos e avançar: esses momentos de ação pura são um pouco
prejudicados pela mira dura que incomoda muito quem está tendo o primeiro contato com o jogo,
além de outros detalhes visuais, por exemplo, nas cutscenes,
como quando um inimigo leva um tiro na cabeça à queima-roupa e nenhum
buraco de bala aparece como resultado, o que é gravíssimo, pois estamos em uma época em que isso não é nada superficial.
Os gráficos dão pro gasto apesar dos probleminhas, só que um jogo não é feito apenas de beleza, e este game, até a quinta missão, se provou mais um genérico que veio para ser apenas mais um shooter. Porém, é nesta missão que nos encontramos pela primeira vez com o senhor Warhound. Todo o poder de fogo e tecnológico prometido se mostra nesse momento, e o que você deve fazer é se abrigar em uma cobertura e sair
distribuindo tiros infinitos de mísseis e morteiros
sem qualquer sinal de reação dos inimigos. Essa é a tal guerra injusta
que a Ubisoft tinha prometido.
Mas então dá para perceber que o foco na matança diminui, pois você facilmente se acostuma a dar comandos básicos, como atirar em alvos específicos e reviver companheiros, e a sua munição é muito mais poupada com o avançar da campanha.
E é aí que ele começa se diferenciar dos genéricos e a se tornar algo mais tático. Você pode passar uma missão inteira sem precisar dar um tiro, apenas comandando seus companheiros e marcando alvos. E, por falar em companheiros, devemos bater palmas para eles, pois a inteligência artificial é incrivelmente bem elaborada e quase perfeita, já que sempre estão no lugar certo, dificilmente erram seus tiros e nunca te atrapalham.
Então, para concluir, o jogo começa genérico, mas fica muito interessante mais pra frente. Os controles são um pouco difíceis de se acostumar, mas não são coisa de outro mundo e os gráficos não estão deslumbrantes, mas são bonitos o suficiente para fazer dele um game de qualidade. E o multiplayer é bem divertido: o tiro realmente come solto e as opções são tão variadas que te deixam quase louco.
NOTA: 8,5

